22 de maio de 2013 | Encontro com a atriz e escritora Filomena Gonçalves

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A atriz e escritora Filomena Gonçalves vem à nossa escola no próximo dia 22 de maio – 4.ª feira – para mais um Encontro com a Atriz e Escritora, dirigido a todas as turmas do 6.º ano no âmbito da disciplina de Língua Portuguesa em articulação com a BE.

Aqui está a calendarização:

10:30 – 11:45
6D – 6E – 6F

12:00 – 13:15
6G – 6C

14:15 – 15:15
6B – 6A

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Obra “O Mundo Misterioso de Guta”
Guta e a família mudam-se para uma nova casa no Parque das Nações. Cansada de mudanças e arrumações, resolve ir passear e ler para o pé do rio, onde, das águas surge um ser mágico, uma tágide, que a desafia a resolver um misterioso enigma. A nossa heroína inicia um caminho recheado de descobertas fantásticas que a levam a conhecer novos amigos.
Uma história divertida sobre um mundo imaginário e fabuloso dos mistérios do Tejo e dos segredos que nos falam de poetas e musas de seres mitológicos e sobre o valor da amizade, dos nossos afetos e das recordações.

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Breve Biografia
Filomena Gonçalves nasceu em Lisboa no dia 11 de junho de 1961. Passou a infância e juventude em Setúbal. É uma conhecida atriz com uma carreira reconhecida no desempenho de variadíssimas personagens em novelas e séries televisivas em que foi igualmente produtora, nomeadamente, A Ferreirinha, João Semana, O Processo dos Távoras e Quando os Lobos Uivam. Estreou-se em televisão na telenovela Chuva na Areia no ano de 1985.
Atualmente, integra o elenco da nova telenovela da TVI Doida por Ti, no papel de Marília Gomes, empregada da família Varela: Mário (Paulo Pires) e Carmo (Luísa Cruz).
A sua recente incursão no mundo da ficção juvenil participando em Morangos Com Açúcar, no papel da Diretora Linda, agradou-lhe especialmente pela possibilidade de contactar de perto com muitos jovens, atores e fãs da conhecida série. A sua estreia como escritora faz-se com uma obra dedicada ao público infantil, O Mundo Misterioso de Guta.

Filomena Gonçalves – participação em produções

• Doida por Ti, Marília Gomes – 2012 – 2013
• O Último Verão, Leonor – 2012
• Princesa, Diretora da Escola – 2012
• Maternidade, Elisa – 2011
• Morangos Com Açúcar, Linda Porfírio – 2009 – 2011
• Vila Faia (2007), Filipa Silveira – 2007 – 2008
• Quando os Lobos Uivam, Márcia – 2006
• Pedro e Inês, Madre – 2005
• João Semana, Maluca – 2005
• A Ferreirinha, Antónia Adelaide Ferreira (Ferreirinha) – 2004
• Lusitana Paixão, Teresa Estrela D’Alva – 2002
• Sonhos Traídos, Maria de Lurdes Pereira – 2002
• O Processo dos Távoras, D. Mariana Vitória de Bourbon – 2001
• Alves dos Reis, Sibila – 2000
• Conde de Abranhos, Casimira – 2000
• A Raia dos Medos, Maria – 1999 – 2000
• Médico de Família (série), Ema – 1999 – 2000
• Uma Avó dos Diabos – 1999
• Esquadra da Polícia, Comissária Maria Xavier – 1999
• Ballet Rose, Rosa de Mello – 1997 – 1998
• Filhos do Vento, Margarida Abrantes – 1996 – 1997
• Polícias, Rita – 1996
• Primeiro Amor, Sílvia – 1995
• Desencontros, Clara Resende – 1994
• Verão Quente (novela), Joana – 1993
• Telhados de Vidro, Rosário – 1992 – 1993
• Ricardina e Marta, Ricardina – 1989
• Um Chapéu de Palha de Itália, Helena – 1989
• Duarte & C.a – 1988
• Histórias que o Diabo Gosta – 1988
• Passerelle, Lena – 1988
• Palavras Cruzadas, Joana – 1986
• Chuva na Areia, empregada doméstica de Odete – 1985

ARTIGO SOBRE FILOMENA GONÇALVES
http://www.mun-setubal.pt/GuiaEventos/Artigos/default.asp?tipo=4&dia=1&Mes=2&Ano=2005

Cantar e cozinhar não é comigo

Muitos dos leitores conhecem Filomena Gonçalves do ecrã, de novelas e séries, mas nem todos sabem que, tendo nascido em Lisboa, onde reside, foi em Setúbal que cresceu e se fez artista. Os primeiros passos sobre o palco deu-os, na década de 80, no Teatro Animação de Setúbal, em aprendizagem simultânea, em Troia, com a da técnica de representação em novelas.
Da paixão de representar dividida, então, por aquelas duas paixões, de que a segunda havia de levar à palma, resultou, por coincidência, que a estreia, nos dois campos, acontecesse no mesmo dia. De manhã, participou nas filmagens de uma novela, e, à noite, num café-concerto.
Daí para cá, nunca mais parou, sendo, hoje, a nível de novelas e séries televisivas, figura de primeiro plano. Antes, porém, houve um caminho, nem sempre fácil, a percorrer.
Fechado o ciclo do TAS, de “forma natural”, abriu-se o de Lisboa, quer no teatro, quer em radionovelas. Não raro, os “ensaios e os espetáculos terminavam tarde”, obrigando-a a dormir em Lisboa. A aumentar o calvário, havia as viagens, diárias, cansativas. Optou por ir morar do outro lado do Tejo.
Com o “dia todo ocupado”, o “pouco tempo livre é para família”.Por isso, talvez, não tem o hábito de ler jornais, nem ouvir rádio, a “não ser no carro”.
Prefere a noite ao dia, “para trabalhar ou estar em casa”, mas não para cozinhar. Não porque não queira, mas porque não sabe. Sem pejo, confessa-se uma “uma nulidade autêntica” na arte de tachos e temperos, pelo que “se insistisse”, graceja, havia “motivo para divórcio com justa causa”. Tal facto não a impede de ter preferências gastronómicas, com a “perdiz estufada, somente com azeite e vinagre”, eleita prato predileto. Quanto a bebidas, “água, porto, naturalmente, depois da ‘Ferreirinha’ – série televisiva em que participou recentemente –, champanhe e café”.
Falta de apetência igual à que tem para a culinária, só, mesmo, para cantar. Na peça ‘Dinis e Isabel’, onde era protagonista, “tinha de cantarolar uns versos, com música de Vitorino de Almeida”. No dia da estreia, ao entrar em palco, viu, na plateia, o maestro. Entrou em pânico, não foi capaz de “emitir um som”.
Prefere a praia ao campo, mas gosta do “Alentejo interior”, considerando a “imensidão da planície” um “mar sem água”.
A quietude alentejana, porventura, recorda-lhe a Arrábida, que exerce sobre ela “fascínio especial”. De Setúbal – onde só vem pela família – o “espaço Arrábida” é, talvez, a única coisa que guarda, “como importante, no coração”.
“O espaço da Arrábida é muito importante para mim. Mesmo que não vá lá, preciso de saber, de ter a certeza, que existe. É algo de telúrico, de fascinante. Se um dia desaparecesse, não sei. Têm-lhe feito tanto mal…”

Filomena Gonçalves nasceu em Lisboa, mas viveu a infância e parte da juventude em Setúbal – nos Quatro Caminhos e em Palhais.
Fez a instrução primária na escola do Bairro da Conceição e os estudos secundários no antigo Liceu e na Bela Vista.
No teatro estreou-se, no Teatro de Bolso do TAS, num café-concerto, encenado por Fernando Gomes. Na pantalha, na primeira telenovela portuguesa, ‘Chuva na Areia’.
Depois de deixar o TAS, trabalhou no Teatro Experimental de Cascais e em radionovelas, na RDP.
Hoje, além de artista, tem, com o marido, o guionista Moita Flores, uma produtora, responsável por várias séries televisivas, a última das quais, ‘João Semana’, em exibição, na RTP.

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